quinta-feira, 30 de abril de 2015

Aquele banco

Por Lenine Guimarães
Um velho senhor caminhava pelas ruas de Londres, gostava de se lembrar das coisas que via há 60 anos.
Lembrava-se do cheirinho de pão fresco vindo da falecida padaria, da animação e vida da cidade. Desde criança, gostava de sentar-se em um banco na esquina para observar a vida passar.
Todos os dias, sua melhor rotina era almoçar e sentar-se naquele banco, se lembrando de tudo. Nunca cansava, sempre voltava lá, mesmo com tudo tão calmo, triste e solitário...aquele lugar era seu lar.
Em seus pensamentos, sempre ocorria a frase: “o pior castigo para um homem é continuar vivo”. Mas quando sentava naquele banco, a alegria, a tristeza e a saudade das pessoas que ele conheceu passavam.
Pela vida toda, aquele banco foi seu anjo, sua paciência, seu amor. Nunca um homem amou tanto a vida como ele. Sua morte seria sua felicidade, pois tudo que ele fez seria, um dia, esquecido.


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