quinta-feira, 27 de abril de 2017

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Sobreviventes

Somos muitos
Somos calados
Somos fortes
Somos sombras
Somos nós
Os sobreviventes.

Nossa voz, silenciada
Incompreendida. 
Somos como fantasmas.
Vistos por poucos, 
Escutados por ninguém.

Nos tratam como anomalias,
Como heróis.
Sentimos a dor
Como se fôssemos feitos dela.
Somos fortes
Apesar das lágrimas.

Repletos de mágoas,
Munidos de motivos.
Caímos ao chão,
Uma... Duas...
Várias vezes. 
A cada passo,
Uma queda.
Mas nos erguemos, e seguimos
Calados,
Invisíveis,
Incompreendidos.

Somos sobreviventes,
Mergulhados nesse oceano de lágrimas,
Perdidos, sozinhos
Poucos voltam para a superfície,
Mas os que voltam, voltam mais fortes, prontos para seguir em frente.
A morte nos muda, define. 
A morte nos transforma, muito mais que a própria vida.

Mª Eduarda Fagundes (acerca do Blue Whale)

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Nossos presentes de Páscoa...

As linhas tênues

Na linha tênue entre o real e o imaginário
Estamos nós, juntos,
Dançando entre a loucura e a lucidez.

Somos feitos de poeira de sonhos, esperança de amor.
Porém, ainda temos resquícios de realidade.
Ao menos, somos reais o bastante um para o outro.

Vemos as coisas antes delas existirem, e depois que são extintas.
Somos sonho e realidade,
Em equilíbrio perfeito.

Dançamos sem música,
Cantamos sem letra,
Choramos sem lágrimas,
Sorrimos sem motivos.

Deixamos que o universo gire ao nosso redor,
Enquanto caminhamos nessa linha tênue entre a vida e a morte.
Em direção ao lugar onde encontraremos a felicidade.


Duda Fagundes

Robertinho: O Pecado Vivo.
                Era uma vez, um presidente super correto (só que não!). O nome dele era Robertinho. Seu objetivo desde criança era ser um presidente correto e honesto. Coisa que não aconteceu.
                Um dia, ele usou dinheiro do povo para comprar uma lancha feita de diamante, cheia de cerveja. Ainda falando nele, atropelou um cachorro na praia. Não, espera! Ele atropelou uma criança... Não, não. Era um pombo, que estava descansando na água.
                Ele queria sempre mais dinheiro. Até chegar o dia em que o Deus Pombo o observou mais de perto. Robertinho havia ultrapassado os limites! Então o DP teve uma ideia: construiria uma máquina que controlaria a mente do rapaz.
                Depois de um bom tempo a construindo, o DP a terminou e a testou em seu gato de estimação. Quando apertou um dos botões... POWWWWWW! A cabeça do gato explodiu. Aterrorizado, o DP começou a construir uma nova máquina.
                Sem testar novamente, o DP usou sua criação em Robertinho, que estava pronto para começar um debate eleitoral. Sabendo disso, o Deus ligou sua máquina e a usou no candidato. O debate começou. Robertinho tinha a palavra. Quando começou a falar, o DP apertou os botões e Robertinho não parava de peidar e falar: POVO BURRO, POVO BURRO... VÃO VOTAR EM MIM PORQUE SÃO BURROS!!!
                “Chegaaaaaa”, gritou o juiz! “É a vez do seu Ordelino!” Então Ordelino começou e falou tantas coisas legais, que ele contagiou o público, menos Robertinho. Depois de horas de debate, a máquina do DP ficou sem energia. Então Ele, desesperado e sem saber o que fazer, criou um temporal  e, segundos antes de Robertinho começar a contar novamente suas mentiras, um raio atingiu a rede elétrica e deixou o debate na escuridão.
                Sem poder adiar o veredito, o juiz que regulava o debate (sim, porque nessa história um juiz regula o debate...) decretou que seu Ordelino havia vencido o debate. No dia de decidir quem ganharia as eleição à presidência, a Dilma pegou o papel e leu o resultado: foi divulgado que o novo presidente de Cuba é o Seu Ordelino, que ganhou por 137926584,60345 X 1 (a mãe de Robertinho).
                Robertinho, o tirano, triste por ter perdido, voltou à sua casa, que estava em chamas. E todo seu dinheiro foi queimado. Andarilho, Robertinho continuou negando o DP. Então, o DP o deixou mendigo por toda eternidade, ou melhor, até se arrepender de todos os seus pecados. Ele morreu, porque nunca se arrependeu.
Augusto Blauth Schneider